A União Europeia acusou a Microsoft de violar regras antitruste com práticas possivelmente abusivas ao vincular seu aplicativo de mensagens e videoconferência Teams ao seu software empresarial amplamente utilizado. A Comissão Europeia informou à Microsoft sobre sua visão preliminar de que a empresa tem restringido a concorrência ao agrupar o Teams com aplicativos essenciais de produtividade de escritório, como o Office 365 e o Microsoft 365.
Segundo a comissão, a Microsoft pode ter concedido ao Teams uma vantagem de distribuição ao não oferecer aos clientes a opção de não incluir o Teams ao adquirir o software. Isso pode ter sido ampliado pelos limites à capacidade de aplicativos de mensagens rivais funcionarem com o software da Microsoft. Margrethe Vestager, vice-presidente executiva da comissão para política de concorrência, expressou preocupação de que a Microsoft possa estar dando ao Teams uma vantagem indevida sobre os concorrentes, o que prejudica a inovação no mercado de ferramentas de comunicação e colaboração remotas.
A Microsoft fez algumas mudanças no ano passado para evitar penalidades, como a oferta de pacotes de software sem o Teams para clientes europeus. No entanto, a comissão considerou essas mudanças insuficientes para responder às suas preocupações e exigiu mais ações para restaurar a concorrência. O presidente da Microsoft, Brad Smith, afirmou que a empresa trabalhará para encontrar soluções para resolver as preocupações da comissão.
A Microsoft agora tem a oportunidade de responder às acusações antes que a comissão tome sua decisão final. A empresa pode enfrentar uma multa de até 10% de sua receita global anual ou ser forçada a adotar medidas para satisfazer as preocupações de concorrência.
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A investigação da comissão foi iniciada em julho de 2023 após uma queixa da Slack Technologies, que alegou que a Microsoft abusou de seu domínio de mercado para eliminar a concorrência. A Alfaview, fabricante de software de videoconferência, também apresentou uma reclamação separada. O presidente da Salesforce, empresa proprietária da Slack, elogiou a declaração de objeções da comissão como uma vitória para a escolha do cliente e um passo importante para promover a concorrência e a inovação no ecossistema digital.
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