O dólar encerrou a sessão desta segunda-feira em queda firme, devolvendo parte da alta de mais de 3% acumulada na semana passada. O ajuste foi facilitado por um ambiente externo mais calmo, após a diminuição dos temores sobre restrições comerciais entre China e Estados Unidos e o apagão cibernético da última sexta-feira. A desistência do presidente Joe Biden de concorrer à reeleição também trouxe alívio aos mercados.
Ao fim da sessão, o dólar à vista recuou 0,61%, a R$ 5,5695, após tocar a máxima de R$ 5,6106 e a mínima de R$ 5,5355. O euro comercial caiu 0,54%, a R$ 6,0638.
No exterior, o índice DXY, que mede o dólar ante seis moedas, caiu 0,06%, a 104,33 pontos. O dólar teve forte recuo de 1,30% ante o peso colombiano, e caiu 0,61% contra o peso mexicano e 0,72% contra o peso chileno.
A saída de Biden da corrida eleitoral pode tornar o cenário mais competitivo para os democratas, diminuindo a centralidade do dólar, segundo André Diniz, economista da Kinea Investimentos. Ele avalia que, apesar das incertezas eleitorais nos EUA, o dólar deve responder mais aos desenvolvimentos econômicos e às políticas do Federal Reserve.
No cenário doméstico, o câmbio piorou levemente após a divulgação do relatório bimestral de receitas e despesas, que confirmou a contenção de R$ 15 bilhões. O Ministério do Planejamento estima um déficit primário de R$ 28,8 bilhões em 2024, no limite da tolerância fiscal.
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Economistas do Citi apontam que, apesar da reação do governo, ainda há incertezas fiscais, o que pode levar a taxa de câmbio para R$ 5,30 no final do ano.