As bolsas europeias encerraram a terça-feira (16) em queda, impactadas por uma série de balanços corporativos decepcionantes, especialmente no setor de luxo, e por dados econômicos preocupantes vindos da Alemanha. Os principais índices do continente refletiram a aversão ao risco dos investidores diante desse cenário menos otimista.
O índice Stoxx 600 recuou 0,28%, fechando a 517,30 pontos. O CAC 40, de Paris, teve uma queda mais acentuada de 0,69%, encerrando o dia a 7.580,03 pontos. Em Londres, o FTSE 100 registrou uma baixa de 0,22%, para 8.164,90 pontos, enquanto o DAX, de Frankfurt, diminuiu 0,39%, finalizando a 18.518,03 pontos.
Dentre as empresas que impactaram negativamente o mercado, a gigante de luxo Hugo Boss destacou-se com uma queda de 7,4% em suas ações, após revisar para baixo sua previsão anual de vendas. A Burberry também não ficou atrás, sofrendo uma redução de 5,30% em seu valor de mercado, um dia após anunciar a substituição de seu CEO e apresentar uma fraca previsão de lucro para o ano.
Por outro lado, a Richemont, que detém a marca Cartier, experimentou uma jornada volátil durante o dia, mas conseguiu reverter as perdas iniciais, fechando com uma alta modesta de 0,95%. A empresa relatou uma queda de 27% nas vendas do primeiro trimestre nas regiões da China, Hong Kong e Macau, o que adicionou tensão ao mercado.
Adicionalmente, os dados do índice de sentimento econômico da Alemanha, divulgados pelo Instituto Zew, também contribuíram para o clima de cautela. O índice caiu para 41,8 pontos em julho, de 47,5 no mês anterior, indicando uma deterioração na confiança econômica, embora tenha superado ligeiramente as expectativas dos economistas, que esperavam uma leitura de 41 pontos.
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Essa combinação de resultados financeiros abaixo do esperado e indicadores econômicos desfavoráveis sugere um ambiente de incerteza e desafios para os mercados europeus, levando os investidores a adotar uma postura mais defensiva.