Nesta quarta-feira (27), o mercado de petróleo testemunhou uma queda nos preços, seguindo um forte avanço no início da semana. A variação foi motivada pela decisão da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+), que, segundo relatos de fontes, optou por não incrementar os cortes na produção a partir de junho, contrariando as expectativas dos investidores.
Na manhã do mesmo dia, o petróleo Brent, referência global, apresentou uma diminuição de 0,57%, sendo cotado a US$ 85,76 por barril. Paralelamente, o petróleo WTI, referência nos Estados Unidos, registrou uma queda de 0,5%, alcançando o valor de US$ 81,21 por barril.
Apesar desse recuo nos preços, o J.P. Morgan destacou, por meio de uma nota, que as promessas da Rússia de reduzir ainda mais sua produção de petróleo podem impulsionar o preço do Brent a atingir US$ 100 o barril até setembro. Isso ocorrerá se não forem implementadas medidas para suavizar o impacto do aumento dos preços. O Kremlin já instruiu as empresas petrolíferas a cortarem a produção no segundo trimestre para atingir a meta de produção estabelecida até o final de junho, seguindo a política da Opep+, de acordo com informações da Reuters.
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Além disso, o aumento dos preços do petróleo pode ser exacerbado pela possível prorrogação das restrições de produção da Opep+ até o final do ano. Essa situação poderia colocar pressão sobre os Estados Unidos, especialmente antes das eleições presidenciais, elevando os preços da gasolina.
Contudo, os analistas do J.P. Morgan mantêm suas previsões para o Brent em US$ 90 por barril até maio e US$ 85 por barril para o segundo semestre, aguardando mais clareza sobre as futuras ações da Rússia. A dinâmica atual do mercado de petróleo continua a ser um fator crítico, influenciando tanto a economia global quanto as políticas energéticas dos países.