Nesta terça-feira (4), o preço do petróleo registrou uma queda acentuada, continuando a trajetória de perdas da sessão anterior. Essa desvalorização foi impulsionada pelas recentes decisões da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+), que se reuniram no último fim de semana. Como resultado, os contratos futuros da commodity atingiram seus menores níveis de fechamento desde o início de fevereiro.
O petróleo WTI, referência americana, com entrega prevista para julho, caiu 1,31%, sendo negociado a US$ 73,25 por barril. Já o Brent, referência global, para agosto, recuou 1,07%, fechando a US$ 77,52 por barril. A Opep+ decidiu estender os cortes na oferta de petróleo além do prazo inicial de junho, mas surpreendeu ao anunciar que os cortes serão gradualmente encerrados a partir do quarto trimestre deste ano, alterando as perspectivas de equilíbrio entre oferta e demanda.
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Bill Weatherburn, economista sênior de commodities e meio ambiente da Capital Economics, prevê que, caso o plano da Opep+ seja seguido, a produção de petróleo do cartel deve aumentar a partir de outubro, levando a uma pequena sobreoferta até o final do próximo ano. Ele mantém a previsão de que o barril do Brent caia para US$ 70 no quarto trimestre de 2025. Contudo, existe o risco de que o plano de redução dos cortes não seja inteiramente cumprido se os preços caírem muito, mas a Opep+ parece decidida a seguir com o aumento da produção conforme planejado.