O petróleo fechou em forte alta nesta quinta-feira (27), impulsionado pela expectativa de aumento da demanda durante o verão no hemisfério norte e pela possibilidade de intensificação do conflito no Oriente Médio. O petróleo WTI, referência americana, com entrega prevista para agosto, avançou 1,04%, fechando a US$ 81,74 por barril. O Brent, referência global, para o mesmo mês, teve alta de 1,34%, encerrando a US$ 86,39.
O principal risco geopolítico atual para o mercado de petróleo é o conflito entre Israel e o Hezbollah, grupo terrorista do Líbano. O ministro da Defesa israelense, Yoav Gallant, ameaçou retaliar fortemente o Líbano caso o conflito se intensifique, o que poderia afetar significativamente a produção de petróleo na região.
Do lado da demanda, a perspectiva otimista dos investidores para o terceiro trimestre é destacada. A fraqueza do petróleo no início de junho deve ser revertida com a chegada da temporada de viagens de verão nos Estados Unidos. Segundo o banco alemão Berenberg, quase 60% dos consumidores americanos planejam pelo menos uma viagem durante este período, o que aumentará a demanda por combustíveis.
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No entanto, o Berenberg está menos otimista em relação ao médio prazo. A produção limitada da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+) oferecerá um suporte menor aos preços a partir de outubro, quando começará o encerramento gradual dos cortes de oferta do cartel. Além disso, a Opep+ tem atualmente uma grande capacidade ociosa, o que significa que os preços do petróleo provavelmente permanecerão mais baixos, a menos que haja obstáculos geopolíticos significativos que impeçam a utilização dessa capacidade ociosa.