O petróleo fechou em queda de cerca de 1% nesta terça-feira, com o mercado realizando lucros após ganhos expressivos da commodity ao longo de junho. Na segunda-feira, os contratos futuros mais líquidos alcançaram seus maiores níveis desde a última semana de abril. O petróleo WTI, referência americana, com entrega prevista para agosto recuou 0,98%, fechando a US$ 80,83 por barril. O Brent, referência global, para o mesmo mês caiu 1,16%, encerrando a US$ 85,01 por barril.
Apesar da queda nesta sessão, provocada também por um ambiente menos favorável a ativos de risco nos mercados globais, os fundamentos continuam favoráveis ao petróleo. Claudio Galimberti, diretor de análise de mercado global da Rystad Energy, afirmou que em um cenário de tensões geopolíticas crescentes, como conflitos no Oriente Médio e a guerra entre Rússia e Ucrânia, a quebra da barreira de US$ 85 pelo Brent pode ser o início de mais pressão de alta sobre os preços.
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Galimberti destacou também os sinais de melhora na demanda por petróleo nas últimas semanas e os altos níveis de estoques de petróleo cru nos Estados Unidos como fatores positivos para a commodity no curto prazo. Ele mencionou ainda que as tarifas aplicadas pelo governo americano e pela União Europeia à indústria de automóveis elétricos da China podem desacelerar esse mercado a nível global, ajudando a reduzir a queda da demanda por gasolina a partir de 2024.