Após a notícia da substituição na presidência da Petrobras, a empresa enfrenta uma forte queda em seu valor de mercado. Por volta das 11h40, a estatal registrava uma perda de R$ 40,2 bilhões, de acordo com cálculos do Valor Data. Esse montante supera o valor de mercado da Gerdau, estimado em cerca de R$ 39,5 bilhões, e se aproxima do valor da Prio, uma das empresas do setor de óleo e gás, avaliada em cerca de R$ 41,6 bilhões.
As ações preferenciais da Petrobras apresentavam uma queda de 5,95%, chegando a R$ 38,44, enquanto as ordinárias recuavam 7,29%, atingindo R$ 39,80. Enquanto isso, o Ibovespa também registrava uma baixa de 0,82%, atingindo 127.456 pontos.
Analistas apontam que a demissão de Prates aumenta as incertezas em torno da Petrobras. O Jefferies reduziu a recomendação da empresa de compra para neutra e diminuiu o preço-alvo dos ADRs de US$ 21,20 para US$ 17,70, afirmando que a mudança na presidência é um sinal de escalada na intervenção política. Para o Bradesco BBI, as incertezas voltam com a demissão inesperada do presidente.
O Goldman Sachs também expressou preocupação em relação à governança atual da Petrobras, afirmando que impede mudanças significativas em políticas por uma nova diretoria. No entanto, ressaltou que a saída de Prates do comando da empresa é negativa, pois reacende os ruídos sobre intervenção política.
Com a demissão de Prates, Clarice Coppetti, diretora de assuntos corporativos, assumirá interinamente a presidência da estatal. Magda Chambriard, ex-diretora da ANP, foi indicada pelo governo para ocupar o cargo permanentemente, mas seu nome precisará seguir um processo de aprovação antes de ser efetivado.
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Essa mudança na presidência da Petrobras ocorre em um momento de sensibilidade nos mercados, com incertezas sobre a trajetória dos juros no país e a postura do Copom a partir do próximo ano, após a decisão dividida da semana anterior.