Na última sexta-feira, dia 22, o mercado de ouro experimentou uma reviravolta significativa. Após dias de valorização, o metal precioso sofreu uma queda de mais de 1%, eliminando todos os avanços acumulados ao longo da semana. Essa variação ocorre em um contexto onde as expectativas em torno das ações do Federal Reserve (Fed) ganham destaque, especialmente com a previsão de possíveis cortes na taxa de juros ainda para 2024.
Ao término do dia, o contrato de ouro para vencimento em abril registrou uma desvalorização de 1,13%, sendo negociado a US$ 2.160,00 por onça-troy. Com esse ajuste, o desempenho semanal do ouro fechou praticamente estável, marcando uma leve retração de 0,03%.
Durante a semana, o ouro vivenciou um momento de apreciação significativa, impulsionado pelas projeções contidas no Sumário de Projeções Econômicas (SEP), que reafirmou a expectativa de três cortes na taxa de juros de 0,25 ponto percentual ao longo do ano. Antes dessa confirmação, o mercado especulava sobre a possibilidade de uma redução no número de cortes, passando para apenas dois.
A manutenção dessas projeções contribuiu para uma desaceleração do dólar, cenário que favoreceu a valorização do ouro. No entanto, a recente recuperação da moeda americana impôs pressões contrárias sobre o metal, levando a um ajuste negativo em seu valor.
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De acordo com Jim Wyckoff, analista da Kitco, a decisão de vários traders, especialmente aqueles com posições de curto prazo, de realizar lucros após os expressivos ganhos acumulados durante a semana, contribuiu para a queda no preço do ouro. Este movimento reitera a volatilidade inerente ao mercado de metais preciosos, onde o ouro chegou a atingir o seu maior valor histórico nos dias anteriores.
Este cenário ressalta a sensibilidade do mercado de ouro às políticas monetárias e às flutuações da economia global, enfatizando a complexa dinâmica entre as expectativas de intervenções dos bancos centrais e as movimentações dos investidores.