Em um cenário de crescentes tensões geopolíticas, o ouro atingiu um novo recorde nesta sexta-feira (12), refletindo a busca intensificada por segurança por parte de investidores e bancos centrais. O metal precioso, tradicionalmente visto como um refúgio seguro em tempos de incerteza, teve seu valor elevado em meio a preocupações com um possível conflito iminente entre Irã e Israel.
Aumento da Procura por Segurança
O contrato de ouro para junho fechou com uma alta discreta de 0,06%, atingindo US$ 2.374,1 por onça-troy. Durante o dia, o metal precioso chegou a alcançar o pico de US$ 2.448,8 por onça-troy. Ao longo da semana, o ouro registrou um aumento de 0,90%, e apenas em abril, a valorização já soma 5,72%. Desde o início de 2024, o aumento acumulado é de impressionantes 12,08%, superando significativamente os ganhos de 7% do S&P 500 no mesmo período.
Contexto Geopolítico Tenso
As tensões geopolíticas foram exacerbadas recentemente com o aumento dos alertas sobre um possível ataque do Irã a Israel. Como medida de precaução, companhias aéreas como Lufthansa e Austrian Airlines cancelaram voos para Teerã, enquanto a Rússia aconselhou seus cidadãos a evitarem viagens para Israel, Síria e territórios palestinos. Esses desenvolvimentos reforçaram a demanda por ativos considerados seguros.
Bancos Centrais Aumentam Reservas de Ouro
Além dos investidores privados, os bancos centrais estão proativamente aumentando suas reservas de ouro como uma forma de proteção contra os riscos geopolíticos. A China, em particular, tem sido destacada como uma das nações que está acumulando ouro. De acordo com Mohamed El-Erian, conselheiro-chefe de economia da Allianz, essa tendência é cada vez mais notória: “Cada vez mais investidores e bancos centrais estão vendo o ouro como uma melhor proteção contra riscos geopolíticos que os títulos do Tesouro, devido a preocupações com a inflação americana.”
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A continuidade das tensões geopolíticas e a possível escalada de conflitos podem impulsionar ainda mais a demanda por ouro. Investidores e bancos centrais devem manter o ouro como parte essencial de suas estratégias de hedge, dada a sua capacidade comprovada de preservar valor em períodos de crise. Como resultado, o mercado de ouro permanece atento aos desenvolvimentos internacionais, preparando-se para reagir a qualquer sinal de aumento da instabilidade global.
Em resumo, o ouro continua a ser uma escolha predominante para aqueles que buscam segurança em um ambiente econômico e político incerto, solidificando seu status como um dos ativos de refúgio mais confiáveis do mercado financeiro.
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