Os contratos futuros do ouro fecharam em alta nesta segunda-feira (1º), estabelecendo um novo recorde ao atingir os US$ 2.286,40 por onça-troy durante o pregão. Esse movimento ascendente vem em resposta à crescente expectativa de que o Federal Reserve (Fed) iniciará um ciclo de redução dos juros já no meio do ano, uma perspectiva reforçada após recentes dados de inflação indicarem desaceleração.
Na sexta-feira (29), o índice de preços de gastos com consumo (PCE) apontou uma alta de 0,3% em fevereiro, ficando abaixo das previsões do mercado e alimentando a especulação de que o Fed poderia adotar uma postura mais dovish em relação à sua política monetária. Taxas de juros menores tendem a beneficiar o ouro, que não rende juros, ao reduzir o custo de oportunidade de manter o metal em comparação com outros investimentos que rendem juros.
Na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), o contrato de ouro para junho, o mais negociado, subiu 0,82%, fechando a US$ 2.257,10 por onça-troy. O contrato para abril também viu ganhos, avançando 0,85% para US$ 2.236,50.
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Os dados do PCE são especialmente significativos, pois representam a medida de inflação preferida pelo Fed. A desaceleração observada em fevereiro, tanto na comparação mensal quanto anual, reforça a visão de que a inflação está em trajetória de diminuição, embora de forma gradual. Analistas do Wells Fargo destacaram em nota que "a inflação continua diminuindo, embora a um ritmo mais lento", indicando um caminho potencialmente favorável para a política monetária do Fed e, consequentemente, para o desempenho do ouro nos mercados financeiros.