Os mercados financeiros reagiram nesta terça-feira com uma elevação nas taxas de juros futuros, impulsionados por um cenário de cautela refletido na recente ata do Comitê de Política Monetária (Copom) e por um IPCA-15 de março que superou as expectativas. A combinação destes fatores levou a uma reprecificação no mercado de juros, com as taxas futuras revertendo a tendência de queda observada na sessão anterior e começando a refletir expectativas de uma taxa Selic entre 9,5% e 9,75% ao final do ciclo de flexibilização monetária atual.
A ata divulgada pelo Copom destacou uma postura cautelosa em relação à futura política monetária, enfatizando a resiliência do consumo, o aquecimento do mercado de trabalho e a necessidade de uma abordagem contracionista e cuidadosa frente às incertezas no processo de desinflação, especialmente nos preços de serviços. O IPCA-15, por sua vez, revelou uma inflação mais elevada do que o previsto, embora com uma dinâmica menos intensa nos núcleos da inflação. Entretanto, a inflação dos serviços subjacentes apresentou um aumento ligeiramente acima do antecipado pelos mercados.
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Às 9h15, a taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2025 era cotada a 9,92%, subindo do ajuste anterior de 9,885%. Similarmente, a taxa para janeiro de 2026 avançava para 9,875% de 9,81%, enquanto o contrato para janeiro de 2027 escalava para 10,115% de 10,05%, e o DI para janeiro de 2029 aumentava para 10,60% de 10,55%. Esses movimentos no mercado de juros refletem o ajuste das expectativas dos investidores diante dos novos dados econômicos e sinalizações do Banco Central.