Os juros futuros no Brasil começaram esta segunda-feira com uma leve queda, seguindo as tendências internacionais observadas nos rendimentos dos Treasuries nos Estados Unidos. O mercado financeiro local aguarda com expectativa a divulgação da ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), prevista para amanhã. Essa queda reflete também um certo alívio gerado pela estabilidade nas projeções do IPCA para prazos mais longos, conforme indicado pelo relatório Focus desta semana.
As taxas dos contratos de Depósito Interfinanceiro (DI) apresentaram movimentos descendentes sutis nas primeiras horas de negociação. Especificamente, a taxa do contrato de DI para janeiro de 2025 diminuiu ligeiramente de 10,305% para 10,295%; a de janeiro de 2026 recuou de 10,565% para 10,555%; a de janeiro de 2027 caiu de 10,965% para 10,945%; e a de janeiro de 2029 passou de 10,51% para 10,495%.
Nos Estados Unidos, também foi observada uma redução nos rendimentos das Treasuries. A taxa da T-note de 2 anos diminuiu de 4,874% para 4,857%, enquanto a da T-note de 10 anos variou de 4,502% para 4,487%, sinalizando uma convergência das expectativas de mercado após turbulências recentes.
No cenário local, apesar das preocupações anteriores com a desancoragem das expectativas de inflação de longo prazo — agravadas pela decisão dividida do Copom na semana passada — a mediana das estimativas do IPCA se manteve em 3,50%, conforme divulgado no Focus desta segunda-feira. No entanto, houve um aumento na média das projeções, o que sugere a possibilidade de ajustes futuros nessas expectativas. Além disso, as projeções para a taxa Selic de 2024 foram ajustadas de 9,63% para 9,75%.
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A ata do Copom será um documento crucial para os agentes financeiros, pois oferecerá detalhes sobre as deliberações internas que levaram à recente decisão de política monetária, e poderá fornecer indicações sobre os próximos passos do Banco Central em relação aos juros, tendo um impacto direto sobre as estratégias de investimento e as expectativas de mercado.