Os juros futuros encerraram o pregão desta terça-feira (18) sem direção única, com taxas curtas em leve queda e vértices intermediários e longos da curva em alta. Os investidores estavam atentos às declarações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva sobre a condução da política monetária no Brasil, o que gerou cautela antes da decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central.
Ao final da sessão, a taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2025 caiu de 10,705% para 10,655%; a do DI para janeiro de 2026 recuou de 11,285% para 11,275%; a do DI para janeiro de 2027 subiu de 11,605% para 11,62%; e a do DI para janeiro de 2029 aumentou de 11,97% para 12,00%.
Em entrevista, Lula criticou a atuação do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, afirmando que ele não contribui para o país e possui um lado político evidente. Lula ressaltou que o próximo presidente do BC deve focar tanto no controle da inflação quanto no crescimento econômico, e que ele deve ser imune a pressões momentâneas do mercado.
As declarações dividiram opiniões no mercado. Alguns analistas acreditam que aumentaram a pressão sobre o Copom, podendo resultar em uma decisão dividida, enquanto outros mantêm a expectativa de uma decisão unânime pela manutenção da taxa Selic.
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A perspectiva de um novo presidente para o Banco Central, possivelmente Luiz Awazu, também trouxe incertezas. Awazu participou de uma audiência no Senado sobre a autonomia financeira e orçamentária do BC, alimentando especulações sobre sua indicação. A possibilidade de nomes como Guido Mantega também gerou apreensão no mercado.
No geral, o mercado segue cauteloso, aguardando a decisão do Copom e os próximos movimentos na política monetária brasileira.