O agronegócio brasileiro está cada vez mais integrado à inteligência artificial (IA) para aprimorar sua eficiência, resultando em significativa redução de custos e aumento de produtividade. A Raízen, uma das gigantes do setor, gerencia 1,2 milhão de hectares de cana-de-açúcar utilizando IA para otimizar desde a colheita até a manutenção de equipamentos, alcançando uma economia impressionante de 15% em eficiência operacional e uma redução de custos de R$ 58 milhões em manutenção.
A empresa utiliza dados coletados por sensores e drones para alimentar modelos de IA que ajudam na tomada de decisões estratégicas, detectando falhas no cultivo e otimizando o uso de recursos. Além disso, a plataforma Alice Inteligência Artificial, da brasileira Solinftec, promete expandir ainda mais essas capacidades. Até 2025, espera-se monitorar mais de 800 fazendas na América Latina com esta tecnologia, que já atende a 773 fazendas atualmente.
Alexandre Rangel, da consultoria EY, destaca que o setor agrícola já usa análises avançadas há anos, mas a IA eleva a precisão e a eficiência a novos patamares, ajudando na gestão e na redução de custos. Da mesma forma, Heli Heros Assunção, do Faep/Senar-PR, observa que as tecnologias avançadas tendem a beneficiar principalmente os produtores mais capitalizados, frequentemente envolvidos na cadeia das commodities.
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Esta revolução digital no campo não apenas promove uma agricultura mais sustentável e econômica, mas também coloca o Brasil na vanguarda do uso de tecnologias avançadas no agronegócio global.