O Ibovespa encerrou a sexta-feira (17) praticamente estável, em uma sessão marcada por uma agenda econômica fraca e liquidez reduzida. O destaque foi o avanço da Vale, impulsionada por notícias positivas vindas da China, enquanto a Petrobras continuou a recuar após a demissão de Jean Paul Prates da presidência da estatal. Na semana, a Petrobras perdeu R$ 68,8 bilhões em valor de mercado, com as ações preferenciais caindo 11,76% e as ordinárias recuando 12,60%.
No fechamento do pregão, o Ibovespa caiu 0,10% no dia, mas acumulou uma alta de 0,43% na semana, fechando aos 128.151 pontos. Durante o dia, a mínima intradiária foi de 127.699 pontos e a máxima de 128.434 pontos. O volume financeiro negociado no índice foi de R$ 18,81 bilhões. Em Nova York, o S&P 500 subiu 0,12%, atingindo 5.303 pontos, o Dow Jones avançou 0,34%, para 40.004 pontos, e o Nasdaq caiu 0,07%, encerrando em 16.686 pontos.
As ações da Petrobras continuaram em queda, com os papéis preferenciais (PN) caindo 1,66% e os ordinários (ON) recuando 1,83%. O valor de mercado da companhia foi reduzido em R$ 68,8 bilhões na semana, refletindo as preocupações do mercado com a nova gestão da estatal.
No setor de óleo e gás, a 3R Petroleum ON teve um desempenho positivo, com alta de 7,14% após a assinatura de um acordo definitivo de fusão com a Enauta.
A Vale ON, ação de maior peso no Ibovespa, subiu 1,96%, ajudando a mitigar as perdas do índice. A valorização do minério de ferro, impulsionada pela produção industrial acima do esperado na China e por medidas do Banco Popular da China (PBoC) para incentivar o setor de construção, sustentou a alta da Vale.
"Os formuladores de políticas estão trazendo um senso de urgência para revitalizar o setor imobiliário do país, após dados oficiais de sexta-feira mostrarem que os preços das casas registraram as maiores quedas mensais em uma década em abril, mesmo com uma série de políticas expansionistas voltadas para impulsionar a atividade no setor", afirmaram os profissionais da Guide Investimentos em nota.
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No cenário macroeconômico local, os juros futuros terminaram em forte alta após declarações do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto. Em entrevista ao jornal "O Estado de S.Paulo", Campos Neto afirmou que não pode antecipar novos cortes na Selic, o que também impactou negativamente a bolsa brasileira.