O Ibovespa encerrou em queda pelo sexto pregão consecutivo nesta quarta-feira (5), com uma retração de 0,32%, fechando aos 121.407 pontos. A queda foi impulsionada principalmente pela desvalorização das ações da Vale (-1,42%) e das small caps, apesar do recuo nos juros americanos.
Durante o dia, o índice variou entre uma mínima de 121.253 pontos e uma máxima de 122.170 pontos. O volume financeiro negociado foi de R$ 14,69 bilhões no Ibovespa e R$ 19,47 bilhões na B3. Em contraste, os índices em Nova York apresentaram alta: o S&P 500 subiu 1,18%, o Dow Jones fechou em alta de 0,25% e o Nasdaq avançou 1,96%.
A queda do minério de ferro e as incertezas internas contribuíram para a diminuição do apetite por mercados emergentes entre investidores globais. Tomás Awad, da 3R Investimentos, destacou que, mesmo com a queda dos juros americanos, os mercados emergentes têm sofrido devido às incertezas internas e externas. Ele mencionou que a recente postura conservadora do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, também influenciou a dinâmica negativa dos ativos domésticos.
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Awad observou que, embora os mercados locais tivessem momentos de euforia no final do ano passado devido ao corte de juros, essa tese perdeu força. Ele acredita que as taxas no Brasil não têm muito espaço para cair, o que diminui a atratividade dos ativos locais. Além disso, a possível recessão nos Estados Unidos pode levar à queda dos juros por lá, o que ajudaria um pouco, mas não seria ideal para os mercados emergentes.