O cartão de crédito liderou os volumes transacionados no comércio eletrônico no Brasil no ano passado, com uma fatia de 40%, enquanto o Pix ficou com 30%. Entretanto, essas posições devem se inverter, e o Pix pode chegar a um percentual de 50% em 2027, com o cartão de crédito caindo para 27%.
Os dados são do estudo Global Payments Report 2024, da Worldpay. O levantamento aponta que o Pix cresceu rapidamente e se tornou o método de pagamento mais popular do Brasil em número de transações. Do ponto de vista do vendedor, os estabelecimentos são atraídos pelos custos mais baixos de aceitação de pagamentos e liquidação instantânea, que aumentam o fluxo de caixa.
Impulsionados pelo Pix, os pagamentos online – chamados no estudo de “conta a conta” (A2A) – cresceram 49% em 2023 em comparação com 2022, respondendo por 30% do valor transacionado no e-commerce.
“Prevê-se um crescimento excepcional de 27% ao ano entre 2023 e 2027, estabelecendo que A2A terá uma participação de 50% nos gastos no e-commerce até 2027. Pessoa para empresa é o tipo de transação Pix que mais cresce e, em setembro de 2023, representava 34% de todas as transações Pix”, explica o texto do estudo.
No comércio físico, o cartão de crédito lidera com 36% do volume, seguido pelo dinheiro em espécie (22%), cartão de débito (20%) e carteiras digitais (18%). É nesta última categoria do estudo que entra o Pix. Ele deve fazer com que as carteiras digitais atinjam uma participação de 41% em 2027, assumindo a liderança e deixando novamente para trás o cartão de crédito (30%).
“Estamos vivendo uma imensa transformação no universo dos meios de pagamentos. Hoje, as inovações digitais geram uma variedade cada vez maior de tipos de pagamento. E os consumidores, que nunca tiveram tantas opções para realizar pagamentos, esperam nada menos do que a perfeição na hora de fazer seu checkout”, comenta em nota Juan Pablo D’Antiochia, vice-presidente sênior da Worldpay para a América Latina.
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De acordo com as projeções do estudo, o comércio físico brasileiro deve crescer 5% ao ano entre 2023 e 2027, chegando a US$ 960 bilhões. Já o e-commerce deve avançar 12%, para US$ 150 bilhões. Hoje, o Brasil é o 10º mercado de e-commerce no mundo, com US$ 95 bilhões. Já em comércio físico, é o 9º colocado, com US$ 790 bilhões.
Essas projeções indicam uma mudança significativa no comportamento dos consumidores e nas preferências de pagamento, impulsionada pela rápida adoção do Pix e pela evolução das tecnologias de pagamento digital no Brasil.