O dólar encerrou a sessão desta quinta-feira (20) em alta frente ao real, atingindo o maior nível de fechamento desde julho de 2022. Inicialmente, a moeda americana mostrou firme apreciação devido ao alívio dos mercados com a decisão unânime do Copom em manter a Selic. Contudo, ao longo do dia, o dólar ganhou força devido à alta dos rendimentos dos Treasuries e à saída de fluxos do país.
No fim do dia, o dólar à vista subiu 0,38%, fechando a R$ 5,4622, próximo da máxima da sessão. O euro comercial ficou praticamente estável, negociado a R$ 5,8472. Participantes do mercado destacaram a dificuldade de recuperação do real, mesmo com a expectativa de alívio na percepção de risco.
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Analistas mencionaram que o mercado não deve melhorar até que haja ações concretas para resolver o problema fiscal. A pressão dos rendimentos dos Treasuries foi um fator importante para a alta do dólar, enquanto o peso mexicano conseguiu se recuperar. Mesmo com a manutenção da Selic, o cenário externo continua exercendo pressão sobre o câmbio brasileiro, destacando a necessidade de uma melhora no ambiente econômico e fiscal doméstico para fortalecer o real.