Nesta quinta-feira, os mercados financeiros reagiram com intensidade à divulgação de importantes indicadores econômicos dos Estados Unidos, levando o dólar e os juros futuros às máximas do dia. O crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) dos EUA no primeiro trimestre ficou abaixo das expectativas, com uma expansão anualizada de apenas 1,6%, contra uma previsão anterior de 2,4%. No entanto, a atenção se voltou para o aumento do índice de preços gastos com consumo (PCE), que acelerou significativamente, indicando uma inflação mais acentuada do que o esperado.
O núcleo do índice PCE, que exclui os preços voláteis de alimentos e energia, registrou um aumento de 3,7% no primeiro trimestre deste ano, marcando uma aceleração considerável em relação ao avanço de 2,0% observado no último trimestre de 2023. Esse indicador é particularmente monitorado pelo Federal Reserve (Fed), o banco central dos EUA, por ser um importante sinalizador das tendências inflacionárias.
Em resposta a esses dados, o mercado de câmbio viu o dólar comercial subir 0,22%, sendo cotado a R$ 5,1590. Paralelamente, o índice DXY, que compara o dólar a uma cesta de moedas internacionais, mostrava-se praticamente estável, aos 105,852 pontos.
No mercado de juros futuros, os contratos também registraram altas. O Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2027 subiu de 10,925% para 10,975%, enquanto o DI para janeiro de 2029 avançou de 11,385% para 11,445%, ambos alcançando os picos da sessão após a divulgação dos dados.
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O Ibovespa futuro, que operava em leve alta antes dos anúncios, perdeu força e passou a operar próximo da estabilidade, com um leve aumento de 0,03%, alcançando 126.255 pontos. Este comportamento do mercado reflete as preocupações com a inflação nos Estados Unidos, que podem levar a uma política monetária mais restritiva por parte do Fed, impactando globalmente as expectativas de investidores e analistas.