A taxa de desemprego no Brasil registrou um marco significativo no trimestre móvel encerrado em janeiro, alcançando 7,6%, o menor índice para o período desde 2015. De acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), este resultado se manteve estável em relação ao trimestre móvel anterior, encerrado em outubro, e apresentou uma melhora significativa em comparação com o mesmo período de 2022, que registrou uma taxa de 8,4%.
Este desempenho superou as expectativas do mercado, que, segundo levantamento realizado pelo Valor Data com 25 consultorias e instituições financeiras, projetava uma taxa de desemprego de 7,8% para o trimestre móvel encerrado em novembro de 2023. As projeções variavam entre 7,4% e 8,1%, evidenciando uma surpresa positiva com o resultado divulgado.
O país contabilizou 8,292 milhões de desempregados no trimestre encerrado em janeiro, um leve aumento de 0,4% em relação ao trimestre anterior, o que representa 32 mil pessoas a mais. No entanto, essa variação é considerada estabilidade estatística pelo IBGE, devido à margem de erro da pesquisa. Comparado ao mesmo período de 2022, houve uma redução de 7,8% no número de desempregados, ou seja, 703 mil pessoas a menos procurando por emprego.
Além disso, a população ocupada (que inclui empregados, empregadores e funcionários públicos) atingiu 100,593 milhões de pessoas, um crescimento de 0,4% em relação ao trimestre anterior, com 387 mil pessoas a mais empregadas. Em comparação com o mesmo trimestre de 2022, houve um aumento de 2%, representando 1,957 milhão de pessoas a mais no mercado de trabalho.
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A força de trabalho do país – que engloba tanto as pessoas ocupadas quanto aquelas em busca de emprego com 14 anos ou mais de idade – também apresentou crescimento, chegando a 108,9 milhões no trimestre móvel encerrado em janeiro. Isso representa um aumento de 0,4% em relação ao trimestre anterior e de 1,2% em comparação com o mesmo período do ano passado, totalizando mais 1,3 milhão de pessoas.
Esses dados refletem uma melhora gradual no mercado de trabalho brasileiro, indicando um cenário de recuperação econômica e aumento da confiança tanto de empregadores quanto de trabalhadores. A redução da taxa de desemprego para o menor nível em um início de ano desde 2015 é um sinal positivo para a economia do país, sugerindo um caminho de crescimento e estabilidade no emprego.