O robusto desempenho do varejo em abril pode ser atribuído à força do consumo das famílias, conforme explica a economista Georgia Veloso, do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV Ibre). Segundo Veloso, fatores como o aumento da renda real, o mercado de trabalho aquecido e os reajustes salariais acima da inflação no final de 2023 e início de 2024 contribuíram significativamente para esse resultado positivo.
A economista destaca que o segmento de hiper e supermercados foi especialmente relevante, mostrando resiliência mesmo diante da inflação crescente. Este segmento, que representa cerca de 55,2% do varejo restrito, manteve um desempenho positivo, evidenciando a robustez do consumo das famílias.
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No entanto, Veloso alerta para possíveis mudanças no cenário futuro, especialmente devido às chuvas no Rio Grande do Sul, que podem impactar negativamente segmentos como alimentos, móveis e eletrodomésticos. Apesar desses desafios, a expectativa é de que o setor feche 2024 com um saldo positivo, embora alguns choques possam desacelerar as vendas no varejo.