Em um movimento estratégico crucial, a Comissão Europeia revelou nesta terça-feira (05) sua nova Estratégia Europeia para a Indústria de Defesa (EDIS), acompanhada de uma proposta inovadora de programa destinado aos Estados-membros da União Europeia (UE). Esta iniciativa, que inclui um robusto pacote de investimentos financeiros, visa aprimorar significativamente a capacidade de defesa do continente em resposta ao cenário de segurança em evolução.
A estratégia surge no contexto de um aumento das tensões geopolíticas, marcado pela "guerra de agressão injustificada e contínua da Rússia contra a Ucrânia", que, segundo a Comissão, "marcou o retorno do conflito de alta intensidade em nosso continente". A EDIS propõe uma visão de longo prazo para garantir que a indústria de defesa europeia esteja plenamente preparada e adaptada às novas realidades de segurança.
Entre os pontos-chave da estratégia está o fortalecimento do apoio às demandas coletivas dos países-membros, assegurando a disponibilidade contínua de produtos de defesa essenciais. Além disso, a Comissão enfatiza a importância de alinhar os orçamentos nacionais e da UE para prover os recursos necessários que permitam à indústria de defesa europeia enfrentar os desafios atuais.
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Um objetivo ambicioso estabelecido pela EDIS é que os Estados-membros adquiram no mínimo 40% do seu equipamento de defesa de forma colaborativa até 2030, com metas progressivas de alcançar pelo menos 50% de aquisições dentro da UE até 2030 e 60% até 2035. Essa abordagem colaborativa visa não apenas aumentar a eficiência dos gastos em defesa, mas também fortalecer a interoperabilidade e a coesão dentro do bloco.
Para apoiar esses objetivos, o Programa Europeu da Indústria de Defesa (EDIP) delineou um plano financeiro que prevê a mobilização de 1,5 bilhão de euros do orçamento da UE para o período de 2025 a 2027. Este investimento significativo sublinha o compromisso da UE em reforçar sua capacidade de defesa e sua indústria militar.
A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, destacou a importância da estratégia, afirmando nas redes sociais que ela "apoiará os países-membros não apenas para gastar mais, mas melhor, em conjunto e de forma europeia". Este anúncio marca um passo decisivo para a UE na consolidação de uma abordagem unificada e estratégica para a defesa, essencial para enfrentar os desafios de segurança do século XXI.