O BTG Pactual realizou uma revisão abrangente de suas projeções para empresas do setor de varejo, ajustando os preços-alvos de 13 das 25 companhias que acompanha. Esse movimento é reflexo das incertezas persistentes no cenário macroeconômico.
Entre as principais mudanças, o BTG reduziu o preço-alvo da Magazine Luiza de R$ 37 para R$ 35, da Arezzo & Co de R$ 80 para R$ 72, e da Petz de R$ 12 para R$ 5, todas ainda com recomendação de compra. A CVC, por sua vez, teve seu preço-alvo diminuído de R$ 13 para R$ 3, mantendo-se com recomendação neutra.
Os analistas Luiz Guanais, Gabriel Diselli e Pedro Lima observaram que, apesar dos desafios, os fundamentos das empresas de varejo apresentaram sinais de melhoria no início de 2024, uma tendência que deve se manter nos próximos trimestres. O crescimento das receitas e a melhoria das margens, fruto de um rigoroso controle de custos e despesas, têm beneficiado essas companhias.
No entanto, o BTG alerta que o comportamento das ações ainda é fortemente influenciado pelas notícias políticas e econômicas. A expectativa de juros altos por mais tempo e os possíveis efeitos sobre o consumo impactam as estimativas do banco.
“Não vemos muito espaço para revisões positivas nas estimativas este ano”, afirmam os analistas. Eles mencionam a necessidade de consolidação de várias tendências estruturais no varejo, como a competição com empresas chinesas e novos padrões de consumo.
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Nesse contexto, o BTG prefere investir em uma carteira de ações do setor de varejo composta por empresas que demonstram melhor desempenho operacional e menor risco de surpresas negativas nos resultados. Entre essas empresas estão Mercado Livre, Smart Fit, Grupo Mateus, Vivara e Grupo SBF.
Essa estratégia busca mitigar os riscos associados ao ambiente macroeconômico desafiador, focando em companhias que apresentam maior resiliência e potencial de crescimento.
