Os principais índices acionários europeus encerraram a sexta-feira (19) em queda significativa devido a um apagão cibernético que afetou empresas globalmente, trazendo instabilidade para seus sistemas e o mercado financeiro.
O índice Stoxx 600 caiu 0,77%, fechando a 510,03 pontos. O CAC 40, de Paris, recuou 0,69%, para 7.534,52 pontos. O DAX, de Frankfurt, teve uma queda de 1,00%, fechando a 18.171,93 pontos, e o FTSE 100, da Bolsa de Londres, caiu 0,60%, para 8.155,72 pontos.
Na semana, o Stoxx 600 acumulou uma queda de 2,68%, o CAC 40 recuou 2,46%, o DAX teve uma queda de 3,07% e o FTSE 100 perdeu 1,18%.
O apagão começou após uma atualização de software da empresa de segurança cibernética CrowdStrike, que deixou usuários do sistema Windows, da Microsoft, incapazes de acessar seus computadores. A falha no software Falcon desativou potencialmente milhões de computadores corporativos e governamentais em todo o mundo, resultando na temida “tela azul da morte”.
Companhias aéreas e bancos foram severamente afetados. As ações de empresas como Air France-KLM (-2,01%), IAG (-2,22%) e Ryanair (-1,47%) registraram quedas expressivas. A KLM suspendeu a maioria de suas operações, enquanto a Ryanair aconselhou os passageiros a chegarem aos aeroportos com três horas de antecedência.
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As ações de seguradoras europeias também recuaram nesta sexta-feira. A Allianz (-1,22%) informou que uma grande interrupção estava afetando a capacidade dos funcionários de fazer login em seus computadores. A Zurich Insurance (-1,38%) relatou interrupções em suas operações.
Este problema cibernético afetou o mercado um dia após a decisão de política monetária do Banco Central Europeu (BCE), que manteve suas taxas de juros inalteradas. Em seu discurso, a presidente do BCE, Christine Lagarde, afirmou que a meta de 2% de inflação deve ser atingida apenas em 2025.