O bitcoin (BTC) opera próximo à estabilidade nesta segunda-feira (20), após uma alta significativa no final de semana que levou a criptomoeda a retomar o patamar dos US$ 67 mil. Esta semana, o mercado está de olho na Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos (SEC), que deve decidir sobre a aprovação de fundos negociados em bolsa (ETFs) à vista de ether (ETH), propostos pelas gestoras VanEck e Ark Invest. A expectativa majoritária do mercado é de uma rejeição, o que pode limitar o impacto de uma resposta negativa.
No entanto, March Zeng, sócio da Bizantine Capital, declarou ao site "Coindesk" que ainda há motivos para otimismo em relação aos ETFs de ETH. “Há razões para acreditar que o relatório conterá fatores positivos que justifiquem o atraso, o que deve sinalizar uma eventual aprovação do ether no próximo ano”, afirma.
Na última sexta-feira (17), os ETFs de bitcoin à vista nas bolsas americanas registraram um saldo líquido positivo de US$ 221,5 milhões. O destaque foi o FBTC, da Fidelity, que recebeu US$ 99,4 milhões a mais em depósitos do que retiradas. Em segundo lugar ficou o IBIT, da BlackRock, com fluxo positivo de US$ 38,1 milhões.
Por volta das 10h06 (horário de Brasília), o bitcoin estava estável nas últimas 24 horas, cotado a US$ 66.926, enquanto o ether, moeda digital da rede Ethereum, tinha uma leve variação positiva de 0,2%, sendo negociado a US$ 3.086, conforme dados do CoinGecko. O valor de mercado total das criptomoedas do mundo é de US$ 2,54 trilhões. Em reais, o bitcoin apresentava uma valorização de 0,47%, cotado a R$ 344.996, enquanto o ether registrava ganhos de 0,47%, cotado a R$ 15.895, de acordo com valores fornecidos pelo MB.
Entre as altcoins (criptomoedas que não são o bitcoin), a solana (SOL) avançava 4,6%, cotada a US$ 177,43, o BNB (token da Binance Smart Chain) caía 1,4%, cotado a US$ 570,85, e a avalanche (AVAX) recuava 1,2%, sendo negociada a US$ 35,88.
André Franco, head de análise do MB, destacou que a Tether, emissora da maior stablecoin do mundo, o USDT, já é a 19ª entidade que mais possui títulos do Tesouro dos EUA, ficando à frente da Alemanha. A empresa detém US$ 90 bilhões em treasuries como reservas para garantir que cada unidade de sua criptomoeda tenha o valor de US$ 1,00. “A empresa de stablecoins está dando grandes passos nas finanças globais, e sua posição nos títulos americanos atualmente está entre Alemanha e Coreia do Sul. Este contexto, por si só, já coloca um desafio interessante na questão regulatória, dado que um volume de US$ 90 bilhões poderia fazer um estrago nos títulos americanos pela força de venda caso um movimento contra o tether seja muito forte”, avalia Franco.
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Com o mercado de criptomoedas em constante evolução e a expectativa de novas regulamentações, a semana promete ser movimentada, especialmente com as decisões iminentes da SEC e a análise do impacto potencial dessas mudanças nos ativos digitais.