A fintech de meios de pagamento Barte, fundada no final de 2021 por Caetano Lacerda e Raphael Dyxklay, iniciou suas operações focando em pequenas empresas, acreditando que as médias e grandes empresas já eram bem atendidas pelos fornecedores de adquirência. No entanto, Dyxklay afirma que essa suposição mostrou-se incorreta.
“Pensamos que, por gerarem muito dinheiro para as adquirentes, as empresas médias e grandes seriam bem atendidas. Descobrimos que não é o caso. Elas precisam de soluções de ponta a ponta, muitas vezes indisponíveis, e a infraestrutura geral é deficiente,” explica Dyxklay.
Para demonstrar a eficácia de sua plataforma, a Barte lançou uma campanha que oferece um iPhone 15 para clientes elegíveis testarem o serviço por 30 dias, mantendo o aparelho mesmo que não continuem com a fintech. Além disso, a empresa criou um clube de encontros para executivos, que se tornou um importante canal de captação de clientes.
Segundo Dyxklay, a Barte se diferencia pela tecnologia, superando a concorrência em eficiência e custo de aquisição de clientes. “Empresas maiores têm times departamentados, levando dias para resolver problemas. Nossa tecnologia evita vendas não aprovadas e melhora o fluxo de caixa, automatizando processos de pagamento e centralizando movimentações financeiras.”
A Barte atingiu o equilíbrio operacional em abril, antecipando suas previsões e se preparando para seu primeiro lucro, com expectativa de quintuplicar o faturamento em 2024. Embora não revelem números exatos, os fundadores afirmam que a receita deste ano alcançará centenas de milhões de reais, com a movimentação financeira na plataforma ultrapassando R$ 1 bilhão em 2024.
Leia mais:
- Estrangeiros Investem R$ 271,2 Milhões na Bolsa de Valores em 17 de Junho
- Cartão de Crédito: Portabilidade de Dívida e Maior Transparência em Fatura a partir de Julho
- Bitcoin se Estabiliza em US$ 65 mil durante Feriado nos EUA
Em março do ano passado, a Barte levantou R$ 16 milhões e, com o breakeven alcançado, uma nova rodada de investimentos tornou-se opcional. “Estamos em conversas, mas só avançaremos se for nos termos adequados,” diz Dyxklay.
O nome “Barte” deriva do inglês “barter”, que significa “troca”. Dyxklay conheceu o português Lacerda durante a internacionalização da startup Olist.
