A startup simplifica pagamentos entre empresas e prevê crescer 10x em 2023
Na contramão do atual cenário que as startups vêm enfrentando, a Barte, fintech de pagamentos entre empresas, anuncia aporte de R$16 milhões - alcançando mais de R$22 milhões levantados em 6 meses. A rodada seed foi liderada pelo fundo NXTP – pioneiro na América Latina com 6 unicórnios no portfólio – e pelo fundo Force Over Mass, que está fazendo seu primeiro investimento no Brasil, e contou com reinvestimento dos fundos que já investiam na Barte. A startup, que começou a operar em 2022, foi fundada pelo português Caetano Lacerda e pelo brasileiro Raphael Dyxklay. Ela oferece dois produtos que ajudam no dia a dia de PMEs: gestão de fluxo de caixa e acesso a crédito.
Na prática, a Barte automatiza as transações de seus clientes - seja por meio de pix, boletos ou cartão de crédito - e também uma série de processos anteriores e posteriores ao pagamento em si. A ideia é que essas empresas se preocupem menos com o seu caixa e se concentrem no seu core business. Além disso, também é possível acessar crédito pela plataforma com base nas informações de pagamento.
A startup é focada em empresas B2B e nichos de mercado mais exigentes que a média - cujos processos de pagamento são complexos e afetam seu crescimento. O fundador e CEO Caetano Lacerda explica que o atributo premium da solução está em não apenas simplificar fluxos de pagamento, mas oferecer um nível de serviço e flexibilidade tecnológica que soluções que miram o mercado como um todo não conseguem oferecer.
“2022 foi um ano em que crescemos volumes mais de 10x. Nos consolidamos como referência para quem busca tornar seus pagamentos uma frente estratégica da empresa - e está sendo um privilégio livrar equipes de uma dor de cabeça tão grande. A rodada é um voto de confiança de fundos que nos leva a outro nível de preparo para os próximos passos da Barte. Mas sabemos que ainda temos muito trabalho pela frente”, explica.
A captação será utilizada para a expansão do negócio, produto, e na estruturação de um novo veículo de crédito, que será lançado este ano ainda. “Desde a rodada pre-seed, conquistamos mais de 2 mil empresas usuárias, montamos uma equipe com cerca de 20 pessoas e movimentamos mais de R$20 milhões pela plataforma. Nossa expectativa é crescer pelo menos 10 vezes até dezembro”, explica Raphael Dyxklay, fundador da fintech.
No longo prazo, menciona o fundador, a empresa quer mudar a maneira como as empresas transacionam na América Latina, garantindo que essas interações levem a região a outro nível de eficiência.
Os fundadores também reconhecem que os pagamentos são apenas parte do problema, sendo o acesso ao capital a outra parte. “Embora o problema comece com a gestão de pagamentos, o acesso ao capital é o outro lado desta equação. Através da nossa plataforma, somos capazes de construir modelos de crédito mais robustos, desbloqueando financiamento para um segmento subatendido”, diz Lacerda.
Alexander Busse, sócio do NXTP, comentou “A Barte está indo atrás de uma oportunidade de mercado enorme ao digitalizar os fluxos financeiros e tapar o gap de financiamento que as PMEs enfrentam na América Latina. O Caetano e o Raphael são pessoas com vantagens únicas para resolver esse problema, e sua abordagem centrada no cliente para crescer gerou uma tração fenomenal. Estamos convencidos de que esse é apenas o início”.
Apostolos Apostolakis, sócio fundador da VentureFriends, compartilhou “Tivemos a sorte de apoiar o Caetano e o Raphael desde quando a Barte era apenas uma ideia, e estamos muito impressionados com a execução e a transição para uma empresa geradora de receita - especialmente com um produto indispensável para PMEs. Estamos muito empolgados para os próximos passos da empresa”.
A fintech já havia captado R$6,5 milhões, em uma rodada pre-seed anunciada há 6 meses. Desde então, a fintech cresceu mais rápido do que era previsto inicialmente, e continua em ritmo acelerado em 2023.