A inflação acumulada em 12 meses do aluguel residencial subiu de 9,16% em abril para 9,45% em maio, alcançando o maior nível desde janeiro de 2023, quando foi de 10,74%. Esse dado foi divulgado pelo Índice de Variação de Aluguéis Residenciais (IVAR), calculado pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV Ibre). No entanto, a variação mensal do indicador desacelerou de 1,40% para 0,21%.
O coordenador dos índices de preços do FGV Ibre, André Braz, destacou que a tendência atual do aluguel é de alta. Ele explicou que fatores sazonais no mercado imobiliário de São Paulo influenciaram na taxa mensal menor de maio. No período entre abril e maio, houve aceleração em três das quatro cidades analisadas: Belo Horizonte, Rio de Janeiro e Porto Alegre, enquanto São Paulo apresentou uma queda acentuada.
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André Braz também mencionou que o patamar elevado dos juros para crédito imobiliário contribui para o cenário atual de aluguéis mais caros. Com a taxa básica de juros (selic) em trajetória de queda, mas ainda alta, a compra de imóveis via financiamento continua difícil, levando mais pessoas a optarem pelo aluguel. Além disso, as expectativas inflacionárias aumentadas no Brasil influenciam o Banco Central a manter a selic elevada, restringindo ainda mais o crédito imobiliário e aquecendo o mercado de aluguel.