A iniciativa de descarbonizar o setor aéreo, aumentando o uso de combustíveis sustentáveis (SAF), trará um impacto direto ao bolso dos consumidores com a alta nos preços das passagens. Essa transformação, enquanto a tecnologia não avança e ganha escala, fará com que os custos superem os do querosene de aviação tradicional. Essa foi a avaliação de William Walsh, diretor geral da Associação Internacional de Transporte Aéreo (Iata), durante um evento em Dubai.
Para os consumidores, especialmente em países com menor renda como o Brasil, a elevação das tarifas aéreas já é uma realidade, com aumentos significativos nos preços devido ao custo do combustível e à menor oferta de voos. Dados da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) mostram que o preço médio por quilômetro voado no Brasil subiu 31,7% em março deste ano em comparação com o mesmo período de 2019.
A produção e o acesso ao SAF continuam sendo desafios, com o combustível sustentável sendo de duas a cinco vezes mais caro que o querosene de aviação. Atualmente, o SAF representa apenas 3% da produção de combustível renovável, enquanto a meta é atingir 27% até 2030 para reduzir as emissões de CO2 na aviação internacional.
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A pressão por práticas mais sustentáveis também afeta o setor na Europa, onde há esforços para reduzir a oferta de voos domésticos em favor de modais mais ecológicos, como os trens, especialmente no segmento corporativo que busca diminuir a pegada de carbono.
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