Reaquecimento do Mercado e Interesse Estrangeiro
Após enfrentar um ano repleto de desafios com uma queda significativa no volume de operações de fusões e aquisições (M&A), o setor se mostra otimista para uma retomada em 2024. A queda representou 17% em relação ao ano anterior, com o volume totalizando R$ 234 bilhões em 2023, segundo dados da consultoria Dealogic. A venda da Amil por R$ 11 bilhões figurou entre as maiores transações do ano e ajudou a atenuar a queda. No entanto, 2023 marcou o pior desempenho dos últimos seis anos.
A indústria de M&A começa a ganhar tração novamente, impulsionada por sinais de melhoria observados principalmente no segundo semestre de 2023. Bancos de investimento no Brasil começaram a receber mais mandatos, indicando uma possível aceleração das operações. Negócios multibilionários, como a potencial fusão entre Eneva e Vibra e a venda da Braskem, são alguns dos grandes movimentos esperados para 2024.
O interesse de investidores estrangeiros no Brasil está ressurgindo, o que pode ser um fator crucial para o aumento de transações no próximo ano. Os setores de infraestrutura, energia, agronegócios, óleo e gás e mineração continuam sendo os mais atrativos para investimentos.
Fatores de Otimismo para 2024
A expectativa de um mercado de M&A mais aquecido em 2024 é alimentada por diversos fatores. A redução da incerteza política e fiscal, o corte de juros e condições de financiamento mais favoráveis estão entre os principais. A posição relativa do Brasil no cenário global e o fluxo de investimento estrangeiro, principalmente de capital árabe e chinês, também são vistos como pontos positivos.
Além disso, uma melhora nos "valuations" das empresas listadas em bolsa e uma maior aproximação entre os preços esperados por vendedores e compradores devem contribuir para um ritmo mais forte de operações. Os fundos de private equity, bem capitalizados, são apontados como possíveis catalisadores de movimentações no mercado.
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