Aumento da Procura por Veículos Eletrificados
Na Avenida Europa, em São Paulo, conhecida pelas lojas de automóveis de luxo, as marcas chinesas BYD e GWM (Great Wall Motor) se destacaram no último sábado (8) pela grande quantidade de visitantes. A alta procura deve-se, em parte, ao anúncio do aumento do Imposto de Importação (II) a partir de janeiro para carros eletrificados produzidos no exterior, o que implica um possível reajuste de preços.
A alíquota do II para carros importados subirá inicialmente para entre 10% e 12% em janeiro, alcançando entre 18% e 25% em julho, com um retorno gradual à alíquota integral de 35% até julho de 2026. Veículos puramente elétricos, que são carregados em tomadas, terão as alíquotas mais baixas, mantendo a isenção do imposto concedido em 2016. Nos híbridos, o tributo atual gira em torno de 4%, e algumas montadoras, como a Volvo, já anunciaram que vão absorver parte do aumento, repassando em média 7,7% ao consumidor.
O setor automobilístico, especialmente as montadoras já estabelecidas no Brasil, recebeu positivamente a medida, argumentando em favor da manutenção da produção e do emprego no país. Muitas dessas empresas prometeram começar a produzir modelos eletrificados no Brasil, embora os prazos para isso ainda não estejam definidos.
Crescimento dos Carros Importados
A Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) expressou preocupação com o aumento das vendas de veículos importados no Brasil, que cresceram 26% de janeiro a novembro em comparação com o mesmo período do ano passado. A participação da China nas importações aumentou significativamente, enquanto a da Argentina diminuiu.
Apesar do cenário desafiador no mercado externo, a Anfavea prevê um aumento de 7,7% nas vendas internas e de 4,7% na produção de veículos em 2024. O presidente da Anfavea, Márcio de Lima Leite, atribui o otimismo às expectativas de um cenário econômico mais favorável, com queda nas taxas de juros e controle da inflação.
Enquanto as montadoras comemoram a recuperação do mercado e a mudança na tributação dos carros elétricos importados, os consumidores mostram curiosidade pelos modelos chineses, ainda que haja preocupações sobre a infraestrutura de carregamento para veículos totalmente elétricos. Os modelos híbridos, que não necessitam de carregamento externo, surgem como uma alternativa.
Fabricantes chineses planejam iniciar a produção no Brasil entre o final de 2024 e o início de 2025, com expectativas de antecipação desses planos, refletindo a crescente demanda por veículos eletrificados no mercado brasileiro.
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