Aprofundamento da Crise em Maceió
Desde 2018, Maceió enfrenta uma crise ambiental e urbanística causada pelo afundamento de solo, afetando cinco bairros e deslocando cerca de 57 mil pessoas. A Braskem, empresa de exploração de sal-gema, é apontada como a principal responsável pelos estragos. Um recente alerta de colapso na mina 18, especificamente no bairro de Mutange, elevou a urgência do caso, já marcado por rachaduras e tremores de terra desde 2018.
Esforços Legais e Políticos para Resolução e Punição
A Braskem enfrenta investigações criminais e ações civis. A Polícia Federal de Alagoas, orientada pelo MPF, investiga a empresa por crimes ambientais e uso de estudos falsos. Além disso, ações civis públicas buscam compensação para os moradores afetados. Politicamente, uma CPI no Senado proposta por Renan Calheiros (MDB-AL) visa investigar a empresa, embora enfrentando obstáculos para sua instalação. Paralelamente, o governo de Alagoas e o governo federal buscam medidas para auxiliar os afetados, incluindo um recente acordo de auxílio para pescadores e um empréstimo de R$ 200 milhões para Maceió. A situação é agravada pela existência de um projeto de lei, que busca estabelecer obrigações claras para empresas em casos de tragédias ambientais, ainda não avançou no Senado.