Mario Mesquita Avalia Política Monetária do Copom
Mario Mesquita, economista-chefe do Itaú Unibanco e ex-membro do Comitê de Política Monetária (Copom) na gestão de Henrique Meirelles, sugere que o Copom deveria reconsiderar sua abordagem atual. Desde agosto, o comitê tem indicado cortes consistentes de 0,5 ponto percentual nas taxas de juros em suas comunicações oficiais. Mesquita acredita que essa estratégia de comunicação, ao longo do tempo, pode se tornar contraproducente, especialmente à medida que o cenário econômico muda.
Perspectivas do Banco Central e Impacto dos Novos Dados
Mesquita aponta que, com a divulgação iminente do PIB do terceiro trimestre, que provavelmente será negativo, o Banco Central pode precisar ajustar sua comunicação. Ele argumenta que as mudanças na comunicação não significam necessariamente alterações no ritmo de ajuste das taxas de juros, mas podem ser cruciais para manter a credibilidade e reputação do Banco Central.
O economista também discute o impacto dos juros internacionais mais altos nos mercados emergentes, destacando que, para o Brasil, as decisões do Banco Central dependem principalmente das projeções de inflação e não são diretamente influenciadas pelas taxas de juros internacionais. Ele também aborda o desafio fiscal dos Estados Unidos e o impacto potencial na política monetária global.
Ele também destaca possíveis desafios na luta dos EUA contra a inflação e a situação fiscal brasileira. Ele prevê que o governo brasileiro buscará uma solução intermediária para alcançar a meta de zerar o déficit primário, propondo um contingenciamento de despesas e um aumento da meta fiscal.
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