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Desafio Fiscal no Brasil: Especialistas Alertam sobre a Complexidade de Reequilibrar as Contas Públicas

Publicado em

26/11/2023

Desafio Fiscal no Brasil: Especialistas Alertam sobre a Complexidade de Reequilibrar as Contas Públicas

Imagem:

Diogo Zacarias/MF

Destaques:

  • Economistas preocupados com a deterioração das projeções fiscais do Brasil para 2023.
  • Projeção de déficit primário ampliada, evidenciando desafios para 2024.
  • Governo explora alternativas para contornar dificuldades fiscais e cumprir metas.

Cenário Fiscal Preocupante: Um Caminho Difícil à Frente

Economistas expressam preocupação diante da recente piora nas projeções fiscais do Brasil para 2023. Felipe Salto, da Warren Investimentos, aponta um aumento na projeção de déficit primário, destacando a complexidade da missão de reequilibrar as contas públicas. Com a revisão dos números, os déficits primários projetados para este ano aumentaram de R$ 141,4 bilhões para R$ 177,4 bilhões, representando um desafio ainda maior para o governo.

Previsões Fiscais e Despesas Governamentais: Uma Equação Delicada

Alberto Ramos, do Goldman Sachs, e Carlos Kawall, da Oriz Partners, também expressam suas inquietações. Ramos observa uma tendência do governo em evitar cortes de despesas, apesar de uma projeção mais baixa para receitas e uma previsão mais elevada para despesas. Kawall chama atenção para o aumento de gastos obrigatórios e a piora nas receitas, apesar de um PIB melhor que o esperado. Ele destaca que a composição do crescimento do PIB em 2023 não favorece a arrecadação, ao contrário do que ocorreu nos anos anteriores.

A Busca por Soluções e a Pressão do Tempo

As medidas adotadas pelo governo, incluindo aquelas relacionadas aos litígios do Carf, não renderam os resultados esperados. Kawall aponta que a proposta relacionada às subvenções de ICMS enfrenta resistência, enquanto a tributação de fundos exclusivos e offshores, embora provável, terá um efeito menor. Além disso, há discussões sobre a meta de resultado primário para 2024, com o governo considerando limitar o contingenciamento, o que pode significar um cumprimento menos rigoroso da meta de zerar o déficit primário.

Impactos nos Déficits e Despesas: Um Olhar Analítico

Salto detalha as razões para o aumento do déficit, citando a redução na receita primária esperada e o crescimento na despesa primária. Ele menciona a falta de garantia de entrada de receitas significativas e a queda na arrecadação de impostos importantes. Em relação às despesas, o apoio financeiro a estados e municípios e o aumento das despesas previdenciárias foram fatores contribuintes.

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