Destaques:
- Economistas preocupados com a deterioração das projeções fiscais do Brasil para 2023.
- Projeção de déficit primário ampliada, evidenciando desafios para 2024.
- Governo explora alternativas para contornar dificuldades fiscais e cumprir metas.
Cenário Fiscal Preocupante: Um Caminho Difícil à Frente
Economistas expressam preocupação diante da recente piora nas projeções fiscais do Brasil para 2023. Felipe Salto, da Warren Investimentos, aponta um aumento na projeção de déficit primário, destacando a complexidade da missão de reequilibrar as contas públicas. Com a revisão dos números, os déficits primários projetados para este ano aumentaram de R$ 141,4 bilhões para R$ 177,4 bilhões, representando um desafio ainda maior para o governo.
Previsões Fiscais e Despesas Governamentais: Uma Equação Delicada
Alberto Ramos, do Goldman Sachs, e Carlos Kawall, da Oriz Partners, também expressam suas inquietações. Ramos observa uma tendência do governo em evitar cortes de despesas, apesar de uma projeção mais baixa para receitas e uma previsão mais elevada para despesas. Kawall chama atenção para o aumento de gastos obrigatórios e a piora nas receitas, apesar de um PIB melhor que o esperado. Ele destaca que a composição do crescimento do PIB em 2023 não favorece a arrecadação, ao contrário do que ocorreu nos anos anteriores.
A Busca por Soluções e a Pressão do Tempo
As medidas adotadas pelo governo, incluindo aquelas relacionadas aos litígios do Carf, não renderam os resultados esperados. Kawall aponta que a proposta relacionada às subvenções de ICMS enfrenta resistência, enquanto a tributação de fundos exclusivos e offshores, embora provável, terá um efeito menor. Além disso, há discussões sobre a meta de resultado primário para 2024, com o governo considerando limitar o contingenciamento, o que pode significar um cumprimento menos rigoroso da meta de zerar o déficit primário.
Impactos nos Déficits e Despesas: Um Olhar Analítico
Salto detalha as razões para o aumento do déficit, citando a redução na receita primária esperada e o crescimento na despesa primária. Ele menciona a falta de garantia de entrada de receitas significativas e a queda na arrecadação de impostos importantes. Em relação às despesas, o apoio financeiro a estados e municípios e o aumento das despesas previdenciárias foram fatores contribuintes.
Leia mais:
- Restrição de trabalho aos domingos e feriados é tema de debate na Câmara
- Mercados Globais em Foco: Feriado nos EUA e Dinâmicas Econômicas Locais Dominam as Atenções
- Estoques de Petróleo dos EUA Crescem Surpreendentemente: O Que Isso Significa para o Mercado?
- Os motivos por trás da demissão de Sam Altman na OpenAI
- Futuro da Petrobras: Plano de Investimentos Sob Nova Liderança e Pressão Política