Declarações do CEO em Meio a Controvérsias
Roberto Bischoff, diretor-presidente da Braskem, comentou sobre as consequências do afundamento do solo em Maceió, causado pela exploração de sal-gema pela empresa. Em uma declaração feita durante um evento da indústria química em São Paulo, Bischoff mencionou que as informações sobre o desastre ambiental e urbano na capital alagoana são distorcidas devido à influência da política. Ele, no entanto, não detalhou quais aspectos específicos são distorcidos.
Contexto e Impactos do Desastre em Maceió
O problema em Maceió, identificado em 2018, foi causado pela atividade de mineração de sal-gema da Braskem. Essa exploração resultou no afundamento progressivo de cerca de 20% da cidade, levando à remoção de 57 mil pessoas e esvaziamento de 14 mil imóveis em cinco bairros. Em 2019, um estudo do Serviço Geológico do Brasil atribuiu a causa dos danos à mineração inadequada realizada pela Braskem. Inicialmente negando responsabilidade, a empresa depois estabeleceu um programa de compensação bilionário.
A situação de Maceió se complica pelo contexto político, com figuras como o prefeito João Henrique Caldas e o presidente da Câmara, Arthur Lira, buscando envolver o governo federal na questão, enquanto o governo atribui a responsabilidade à gestão local. Além disso, a disputa política em Alagoas entre grupos liderados por Renan Calheiros e Arthur Lira adiciona mais complexidade ao caso.
O impacto ambiental causado pela Braskem em Maceió continua sendo um problema grave, com a região ainda em alerta máximo devido ao risco de colapso do solo. A Braskem, uma das maiores fabricantes de produtos químicos do mundo, fechou o ano de 2022 com receita significativa, apesar do desastre ambiental que enfrenta no Brasil.